A Congregação par as Igrejas Orientais - instituída por Bento XV em 1° de maio de 1917 - completa cem anos.
Para recordar a data, a própria Congregação, em colaboração com o Pontifício Instituto Oriental, organiza nos dias 4 e 5 de maio o Congresso intitulado "Identidade de uma missão futura, entre passado e presente".
A Congregação para as Igrejas Orientais tem como missão favorecer o crescimento, salvaguardar os direitos e o patrimônio litúrgico, disciplinar e espiritual das comunidades católicas orientais de rito armênio, bizantino, copta e sírio, ou seja, aquelas que após o Cisma de 1054 romperam com os Patriarcas Ortodoxos do Oriente (Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém) e voltaram à plena comunhão com o Pontífice Romano, preservando no entanto sua Liturgia e direito eclesiástico.
Em relação às regiões onde estão inseridas estas comunidades - Grécia, Albânia meridional, Bulgária, Chipre, Turquia, Irã, Iraque, Jordânia, Síria, Líbano, Palestina, Península do Sinai, Egito, Eritreia e Etiópia setentrional - a Congregação para as Igrejas Orientais tem também jurisdição absoluta sobre os Bispos, cleros e religiosos.
Atualmente a Congregação é constituída por 32 membros, entre Cardeais, Arcebispos e Bispos. O Prefeito, nomeado em 9 de junho de 2007 por Bento XVI, é o Cardeal argentino Leonardo Sandri.
História
Originalmente, suas funções eram desempenhadas pela Congregação de Propaganda fidei, instituída em 1622, que supervisionava também a atividade missionária.
Dentro deste dicastério, em 6 de janeiro de 1862, o Papa Pio IX erigiu a Congregatio de Propaganda Fide pro negotiis ritus orientalis com o breve Romani Pontifices.
O organismo adquiriu autonomia com Bento XV, com o motu proprio Dei Providentis, de 1° de maio de 1917, assumindo o nome de Congregatio pro Ecclesia orientali.
A atual denominação foi atribuída pelo Papa Paulo VI com a Constituição Apostólica Regimini Ecclesiae universae, de 15 de agosto de 1967.
Sob o Pontificado de João Paulo II, com a Constituição Apostólica Pastor Bonus, de 28 de junho de 1988, adquiriu o perfil atual.
De 1917 a 1967, à frente do dicastério estava o próprio Pontífice, que delegava as suas funções ao Cardeal Secretário. O papel de Secretário era desempenhado por um prelado com o título de assessor. A partir de 1967 assumiu o título de Prefeito.
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