O segundo dia de Assembleia Geral iniciou com a celebração eucarística presidida do altar central da Matriz Basílica de Aparecida, pelo Núncio Apostólico no Brasil, dom Giovanni D’Aniello.

Testemunho, um dos temas chaves do Evangelho segundo João
Durante sua homilia, dom Giovanni afirmou que “A morte e ressureição de Jesus são o lugar o momento culminante da revelação do Deus anunciado por Jesus como Pai. Nesse contexto, o Evangelho afirma que devemos dar ouvidos ao testemunho de Jesus”.

Dom Giovanni ainda falou da rejeição sofrida por Jesus, mesmo após a morte. O núncio destacou ainda que é preciso construir em nossos corações, o ambiente natural para que os fiéis possam encontrar no próprio testemunho, o Cristo que é vida, paz e amor.  Finalizando, rogou a intercessão de Nossa Senhora Aparecida sobre o povo brasileiro, pela Igreja e por todo o povo peregrino aqui na terra.

Formar discípulos e não adeptos do cristianismo
Durante a entrevista coletiva deste segundo dia da 55ª Assembleia Geral, dom Leomar Antônio Brustolin, bispo auxiliar de Porto Alegre/RS, falou aos jornalistas quanto a questão da iniciação à vida cristã ser abordada nesta Assembleia, expondo a preocupação da Igreja no Brasil com a transmissão da fé às novas gerações. Afirmou que a Igreja vive um momento muito importante desde a V Conferência do Episcopado Latino-Americano - CELAM, realizada há dez anos também em Aparecida/SP, que mostra o caminho para a formação de “discípulos missionários”.

A reflexão também revela preocupação quanto à preparação para a recepção dos sacramentos de iniciação cristã (Batismo, Eucaristia e Crisma), onde muitos entram na catequese, passam um período na Igreja, mas, não se vinculam com a comunidade.

Como inspiração para a reflexão é o RICA – Ritual de Iniciação Cristã de Adultos, como o próprio nome diz, é destinado a iniciação de adultos na vida cristã, fruto do Concílio Vaticano II que trouxe aprofundamento à iniciação cristã a partir de sua publicação. A missão dos bispos, é traduzir a linguagem do RICA para torna-lo mais acessível ao catequista, em uma forma concreta e pastoral.

Conversão pastoral
O bispo auxiliar do Rio de Janeiro, dom Joel Portella Amado, retomou durante a coletiva o significado dos dez anos do V CELAM que proclamou a missão como eixo central da Igreja, convidando a formar discípulos missionários a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo.

Dom Joel afirmou que se fosse possível resumir a conferência de Aparecida em uma frase, esta seria “conversão pastoral”, que supõe uma mudança de como se anuncia e não do que se anuncia. Também apontou as mudanças ocorridas nesses dez anos, tanto no mundo como na Igreja, destacando o pontificado do Papa Francisco.

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