Tradição criada por São Francisco de Assis, a montagem do presépio ilustra o nascimento de Jesus tanto em igrejas quanto em lares cristãos. Montado no início do advento o presépio permanece até a Solenidade da Epifania do Senhor, quando Jesus se revela príncipe das nações e é venerado e adorado pelos Reis Magos.

Tradicionalmente na Praça São Pedro, no Vaticano, o presépio ganha vida pela mão de artistas de várias nações e junto com ele é erguido uma belíssima árvore, simbolizando a paz que o Papa oferece ao mundo inteiro em cada natal. Este ano, o abeto – espécie de árvore usada no presépio – de 25 metros será doado pela comunidade de Scurelle da província de trento.

Medindo 25 metros e com uma circunferência de 65 centímetros, o abeto será transportado por um helicóptero e posteriormente de trem até a cidade do Vaticano onde a previsão de chegada é para a noite entre os dias 23 e 24 deste mês de novembro. Para compensar o corte desta árvore, as crianças da Escola Elementar de Scurelle plantarão cerca de 40 novas mudas de abeto vermelho e de lariço em uma região onde no outono passado foram abatidas algumas árvores atingidas por um parasita.

 A decoração do abeto contará com esferas de argila que representam desenhos feitos por crianças participantes de um programa de cerâmica-terapia recreativa do setor oncológico de alguns hospitais italianos. Também contará com iluminação de tecnologia LED (tecnologia com baixo consumo de eletricidade), contando com 18 mil lâmpadas, das quais 1400 terão “efeito pisca”, com um peso total de 140kg e um consumo de 1,7KW.

As imagens do presépio serão doadas pelo Governo de Malta. O esboço escolhido reproduz a paisagem maltesa, a arquitetura, as indumentárias típicas, instrumentos musicais e a fauna e flora locais, sendo escolhido por meio de concurso. A obra medirá 17 metros de largura por 12 e profundidade e 8 metros de altura máxima.

A inauguração do presépio está marcada para o dia 9 de dezembro à tarde. No mesmo dia, o Santo Padre recebe pela manhã em audiência as delegações trentina e maltesa, junto com algumas das crianças que criaram as esferas expostas na árvore.